O suplemento literário "Prosa e Verso" do jornal brasileiro O Globo publica hoje umha corajosa e estimulante reflexom sobre o estado actual da crítica literária brasileira, que sob o título A crítica literária como papel de bala assina a professora e crítica Flora Süssekind.
Partindo das reacções de "ressentimento nostálgico e certo proselitismo agressivamente conservador" que dominárom nas notas necrológicas publicadas com ocasiom da morte, a finais do passado mês de Janeiro, do crítico literário Wilson Martins, denuncia a "perda de lugar social da crítica", reduzida a um complemento das estratégias de mercado:
Fabricam-se nomes e títulos vendáveis, vende-se, sobretudo o nome das editoras, e sua capacidade de descobrir "novos talentos" semestralmente, ao sabor das feiras literárias. E, nesse sentido, formas dissentâneas de percepção, como a crítica, se mostram particularmente incômodas.Centrando-se a seguir na análise de três obituários e da valorizaçom neles feita da obra crítica de Wilson Martins, afirma:
E é como volta a um jogo entre iguais, a um território mais restrito, homogêneo e regulado, de relevância previamente estabelecida, como volta às Belas Letras que se pode compreender a virulenta ressurreição de Wilson Martins, o desejo de Sérgio Rodrigues de um campo puro do literário, a ideia de uma amostragem irrestrita como a de Miguel Sanches Neto (pois previamente demarcada por gêneros, dicções, territorializações diversas), o sonho com um tempo em que "a literatura e o crítico não pareciam ter que sair de cena", para voltar ao texto melancólico e, a meu ver, equivocado, de Pécora.E finaliza com a demanda dumha crítica literária adaptada aos tempos actuais.
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