BakkerFoi anunciado, no passado 17 de junho, o vencedor do prestigioso Prémio Literário Internacional IMPAC Dublin  deste ano: a traduçom británica do romance  Boven is het stil (The Twin), do escritor holandês Gerbrand Bakker.


O tradutor da obra, David Colmer, ganha 25.000 euros e o autor os 75.000 euros restantes do montante total do prémio, considerado um dos melhor dotados economicamente do mundo.


O romance de Gerbrand Bakker venceu assi os outros sete finalistas: God’s Own Country (2008), de Ross Raisin, Home (2008), de Marilynne Robinson, In Zodiac Light (2008), de Robert Edric, Netherland (2008), de Joseph O’Neill, Settlement, de Christoph Hein (título original: "Landnahme", 2004), The Believers (2008), de Zoe Heller, The Elegance of the Hedgehog, de Muriel Barbery (título original: "L’Élégance du hérisson", 2006).


Por enquanto existem traduções portuguesas de Netherland. Terra de Sombras (Bertrand) e A Elegância do Ouriço (Presença).


Eis os vencedores de cada ediçom do International IMPAC Dublin Literary Award, referidos segundo as traduções à nossa língua, se existirem:


2010 – Gerbrand Bakker – The Twin
2009 – Michael Thomas – Man Gone Down
2008 – Rawi Hage – Como a Raiva ao Vento (Pt: Civilização, 2008)
2007 – Per Petterson – Cavalos Roubados (Pt: Casa das Letras, 2008)
2006 – Colm Tóibín – O Mestre (Br: Companhia das Letras 2005; Pt: Dom Quixote, 2007; )
2005 – Edward P. Jones – O Mundo Conhecido (Br: José Olympo, 2009)
2004 – Tahar Ben Jelloun – Uma Ofuscante Ausência de Luz (Pt: Asa, 2003)
2003 – Orhan Pamuk – O Meu Nome é Vermelho (Pt: Presença, 2007); Meu Nome é Vermelho (Br.: Companhia das Letras, 2004)
2002 – Michel Houellebecq – Partículas Elementares (Pt: Temas e Debates, 1999; Br: Sulina, 2000)
2001 – Alistair MacLeod – No Great Mischief
2000 – Nicola Barker – À Flor da Pele (Pt: Gradiva, 2000)
1999 – Andrew Miller – A Dor Industriosa (Pt: Teorema, 1999); O Insensível (Br: Record, 1999)
1998 – Herta Müller – A Terra das Ameixas Verdes (Pt: Difel, 1999)
1997 – Javier Marías – Coração Tão Branco (Pt: Relógio D’Água, 1994; Br: Martins Fontes, 1995)
1996 – David Malouf – Lembrando Babilônia (Br: Companhia das Letras, 2000); Recordando a Babilónia (Pt: Assírio & Alvim, 2009)


Coa recente morte de José Saramago, único autor de língua portuguesa distinguido co Prémio Nobel de Literatura, começam a suceder-se as candidaturas para demandar o segundo Nobel de Literatura lusófono.

Num artigo publicado na passada terça-feira, 22 de junho, o Diário de Notícias informava da reorganizaçom dos lóbis português e brasileiro para a designaçom, respectivamente, de António Lobo Antunes e Rubém Fonseca. Segundo o citado jornal, desde o Brasil estaria a procurar-se apoio nos países africanos de língua portugesa e mesmo em Portugal.

No sábado 26 de junho era a Folha de São Paulo a que informava que em 2011 será apresentada a candidatura ao Nobel de Literatura do último vencedor do prémio Camões, Ferreira Gullar. Na mesma informaçom considerava-se decisiva para que professores e escritores brasileiros decidissem apresentar novamente a sua candidatura (já apresentada em 2002 e 2004) a publicaçom na Suécia, nos últimos dous anos, da traduçom do Poema Sujo, dumha antologia poética e dum dossier dedicado a el na revista Karavan, junto coa atribuiçom neste mesmo ano da maior distinçom das letras portuguesas.





Qual é o melhor romance de
José Saramago?


   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   

   




Resultados

O passado 21 de Junho fôrom anunciados os ganhadores da décima sexta ediçom do Prémio de Narrativa Arcebispo Joám de Sam Clemente nas suas três categorias:

Melhor romance em língua galega:
Areaquente, de An Alfaya.

Melhor romance em língua castelhana:
El país de la canela, de William Ospina.

Melhor romance em língua estrangeira:
Il dia primo della felicità, de Erri de Luca, pola traduçom ao castelhano El día antes de la felicidad.

O júri do prémio está composto por alunos de bacharelato do licéu Rosalia de Castro, de Santiago de Compostela, organizador do prémio, e doutros quatro centros de ensino secundário galegos.

Cumpre destacar que o livro ganhador da categoria em língua estrangeira, embora tenha concorrido apenas pola traduçom castelhana, conta também com traduçom à nossa língua editada pola portuguesa Bertrand: O dia antes da felicidade.

O escritor português José Saramago morreu esta manhã, por volta das 8h, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Os jornais de todo o mundo informam do seu passamento recuperando entrevistas e artigos diversos e recordando a sua biografia e a sua obra.

Eis algumhas mostras:

No passado sábado, 12 de junho, fôrom entregues, na Ilha de Sam Simom, o XXVII Prémio Xerais  2010 a Iolanda Zúñiga polo romance Periferia, e o XXV Prémio Merlín de Literatura Infantil 2010 a Teresa González por A filla do ladrón de bicicletas.

O júri desta ediçom do Prémio Xerais estivo composto por Comba Campoy (atriz), Manuel Ángel Candelas Colodrón (professor da Universidade de Vigo e blogueiro), Roberto Pérez Pardo (profissional do livro), Belén Regueira (jornalista), Antón Sobral (pintor) e Fran Alonso (secretário do júri, en representaçom de Xerais, com voz e sem voto). No seu juízo, o romance designado vencedor por unanimidade

«constitúe unha achega necesaria á renovación da narrativa galega a través dunha concepción potente e nítida de cal debe ser unha forma de narrar para o tempo actual. Un relato compacto, tamén mesto, extenso e verdadeiramente fascinante, cun enorme poder de seducción.»

Os membros do júri do Prémio Merlín fôrom An Alfaya (Prémio Merlín, 1997), Jacobo Fernández Serrano (Prémio Merlín, 2009), Antonio García Teijeiro (Prémio Merlín, 1996), Mar Guerra (Prémio Merlín, 2008), Gloria Sánchez (Prémio Merlín, 1990), e Helena Pérez Fernández (secretaria do júri, em representaçom de Xerais, com voz e sem voto).

Mais informaçom no blogue da editorial convocante.

Pessoal... e Transmissível, programa cultural da TSF conduzido por Carlos Vaz Marques, emitiu esta mesma tarde umha entrevista com o escritor galardoado co Prémio Príncipe de Astúrias das Letras 2010, Amin Maalouf:



A entrevista é umha oportuna reemissom do programa originalmente emitido em 4 de setembro de 2008.

O Prémio Franz Kafka 2010 foi concedido onte, 8 de junho, ao dramaturgo Václav Havel, ex-presidente da República Checa, "polo seu contributo à literatura checa e mundial".

O Júri desta décima ediçom do prémio estivo composto por John Calder, Peter Demetz, Marianne Gruber, Oldrich Kral, Kurt Krolop, Marcel Reich-Ranicki, Jiri Stransky e Hans Dieter Zimmermann.

Este prestigioso prémio foi criado em 2001 pola Sociedade Franz Kafka de Praga, que o organiza anualmente em colaboraçom coa Cámara Municipal da capital checa, para distinguir autores polo carácter humanista da sua obra, o seu contributo á toleráncia cultural, nacional, lingüística e religiosa, o seu carácter existencial intemporal, a sua validez humana geral e a sua capacidade para constituir um testemunho do nosso tempo.


A entrega do galardom costuma realizar-se o 27 de outubro, véspera do Dia da Independência Checa. 

Eis a lista dos autores distinguidos co Prémio Franz Kafka:

2001: Philip Roth (EUA)
2002: Ivan Klíma (República Checa)
2003: Péter Nádas (Hungria)
2004: Elfriede Jelinek (Áustria)
2005: Harold Pinter (Gram-Bretanha)
2006: Haruki Murakami (Japom)
2007: Yves Bonnefoy (França)
2008: Arnošt Lustig (República Checa)
2009: Peter Handke (Áustria)
2010: Václav Havel (República Checa)

Como se comprova, embora o carácter internacional do prémio, destacam autores checos e da Europa oriental.

E hoje mesmo o Prémio Príncipe de Astúrias das Letras 2010 foi outorgado ao autor libanês de expressom francesa Amin Maalouf, "que desde a ficçom histórica e a reflexom teórica tem conseguido abordar com lucidez a complexidade da condiçom humana". O júri destacou também que "face à desesperança, a resignaçom e o vitimismo, a sua obra desenha umha linha própria cara à toleráncia e a reconciliaçom, umha ponte fundada nas raízes dos povos e as culturas".

Amin Maalouf tem traduzidos na Galiza A deleiba do mundo e A Viaxe de Baldassare pola editora Xerais e em Portugal a maior parte da sua obra sob a chancela da Difel (incluindo o romance O Rochedo de Tanios, ganhador do Prémio Goncourt em 1993, e publicado no Brasil pola Companhia das Letras).

Nesta trigéssima ediçom do Prémio Príncipe de Astúrias das Letras concorrêrom 27 candidaturas e ficárom finalistas, junto ao autor libanês, a autora catalã de expressom castelhana Ana María Matute, e o poeta chileno Nicanor Parra. Este é o décimo ano consecutivo em que este prémio distingue um autor fora do ámbito hispano. O último autor galardoado de língua castelhana foi Augusto Monterroso em 2000. Mas antes, só numha ocasiom se afastara desse ámbito lingüístico, quando distinguiu o alemám Gunter Grass, em 1999.

O Júri do Prémio Príncipe de Astúrias 2010 na categoria das Letras estivo presidido por Víctor Garcia de la Concha, director da Real Academia Espanhola, e integrado por  Andrés Amorós Guardiola, Luis María Anson Oliart, J. J. Armas Marcelo, Blanca Berasátegui Garaizábal, Carmen Caffarel Serra, Pedro Casals Aldama, Antonio Colinas Lobato, Milagros del Corral Beltrán, Jacobo Fitz-James Stuart y Martínez de Irujo, José Luis García Martín, Pilar García Mouton, Olvido García Valdés, Manuel Llorente Manchado, Rosa Navarro Durán, Berta Piñán Suárez, Fernando Rodríguez Lafuente, Fernando Sánchez Dragó, Diana Sorensen e Román Suárez Blanco (secretário).

A Universidade do Porto tem disponível no seu web a tese de mestrado Amin Maalouf : a literatura como mediação entre Oriente e Ocidente, apresentada por Maria José Carneiro Dias em 2009.

Na quarta-feira passada, 2 de junho, a Academia Brasileira das Letras concedeu o Prémio Machado de Assis 2010 ao crítico, professor e ensaísta Benedito Nunes, ao tempo que deu a conhecer os vencedores da ediçom deste ano dos seus prémios nas categorias de ficçom, literatura infanto-juvenil, traduçom e poesia.

Eis a informaçom sobre os ganhadores, a citaçom de cada ditame destacada pola ABL e a composiçom do júri de cada categoria:


Prémios ABL 2010
Premiado
Júri
Machado de Assis 2010
Benedito Nunes
Eduardo Bortella (Presidente),
Alfredo Bossi (Relator),
Lygia Fagundes Teles,
Tarcisio Padilha,
Domicio Proença Filho.
Ficçom
(conto, romance, teatro) 


Outra vida
de Rodrigo Lacerda

«uma obra que se lê com prazer na sua economia de meios, na sua própria brevidade»

Ana Maria Machado,
João Ubaldo Ribeiro,
Luís Paulo Horta.
Literatura Infanto-Juvenil


Marginal à esquerda
de Ângela-Lago

«é um livro impactante, singelo e instigante, que muito merece o prêmio de literatura infantil»

 Arnaldo Niskier,
Murilo Melo Filho,
Cícero Sandroni.
Traduçom


 Pequenas traduções de grandes poetas
de Milton Lins.

«constituem preciosas antologias da melhor poesia que se escreveu na literatura ocidental desde o século XVI»

 Carlos Nejar,
Ivan Junqueira,
Evanildo Bechara.
Poesia


A máquina das mãos,
de Ronaldo Costa Fernandes


«livro em que a experiência pessoal do poeta, convertida em linguagem, se transmuda em poemas de excelente nível, e nos quais se casam a emoção e a execução apurada, sob a regência de um rigor que não exclui a aventura e a transgressão»

Lêdo Ivo,
Affonso Arinos de Mello Franco,
Alberto da Costa e Silva.

Marcel Reich-Ranicki fizo onte 90 anos e vários jornais e blogues dérom informaçom sobre este crítico literário, um dos mais conhecidos da Alemanha. Veja-se, por exemplo, a notícia do portal Deutsche Welle.

Ganhador do Prémio Goethe 2002, e conhecido como "o papa da literatura", Reich-Ranicki tornou-se popular na Alemanha polas suas intervenções no programa Literarisches Quartett (Quarteto Literário), do canal televisivo ZDF, no qual el e outros três críticos (o quarteto) debatiam a respeito de um livro. Este pograma foi emitido entre 1988 e 2001 e nel fôrom debatidos cerca de 400 livros. Posteriormente conduziu em solitário o programa, também sobre literatura, Solo. A sua fama é devida à forma mordaz e colérica de expor as suas críticas negativas e às suas polémicas com escritores como Günter Grass ou Martin Walser.

Em 2002 iniciou a selecçom e coordenaçom da ediçom dumha proposta de cánone da literatura alemã.

Em 2008 foi-lhe concedido o Prémio da TV Alemã pola sua trajectoria mas recusou-no na cerimónia de entrega, transmitida em directo, criticando a degradaçom da programaçom televisiva.


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